ALERP
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26/10/2025 19:43:31 | Por: Josselmo Batista Neres | Visitas: 43
Imagem: Divulgação
A Academia de Letras da Região de Picos - ALERP, dia 25 de outubro de 2025, dentro da programação do XXI Seminário de Literatura Piauiense e o XVIII Seminário de Literatura Picoense - SELIPI, em evento presencial no auditório da ALERP e, transmitido pelo YouTube no canal da Academia de Letras da Região de Picos – ALERP, divulgou o resultado do Concurso de Poesia 2025 da instituição, na categoria Infantojuvenil e adulto.
Conforme o edital 01/25, de 01 de agosto de 2025, foram premiados os 1º, 2º e 3º colocados com certificados, troféus, um kit de obras literárias (somente para os vencedores das duas categorias) e um livro (Antologia) com os poemas classificados e os demais inscritos no concurso, que será publicado pela ALERP através do Clube de Autores www.clubedeautores.com.br.
ACADEMIA DE LETRAS DA REGIÃO DE PICOS - ALERP
Praça João de Deus Filho, nº 289 – Centro
CNPJ. 23.625.254/0001-09
Picos - Piauí
PARECER FINAL DA COMISSÃO JULGADORA DO CONCURSO DE POESIA ALERP/2025 – CATEGORIAS INFANTOJUVENIL E ADULTO
A COMISSÃO JULGADORA DO CONCURSO DE POESIAS/2025 DA ALERP, composta pelos membros: FRANCISCO VALENTIM NETO, LUIZ EGITO DE SOUZA BARROS e ANA KARINA BARBOSA SAMPAIO, na forma instituída pela Resolução N° 001/2025, de 16/09/2025, pela Presidência da ALERP; recebeu para análise e escolha 45 (quarenta e cinco) poesias na categoria INFANTOJUVENIL e 55 (cinquenta e cinco) poesias na categoria ADULTO.
Sendo os respectivos trabalhos analisados individualmente pelos membros da Comissão, atribuindo-se notas de 05 a 10 para fins classificação das 03 (três) poesias classificadas entre os 1º e 3º lugares, e escolha das menções honrosas de cada categoria.
Tendo a Comissão se reunido para a apresentação das respectivas notas, efetuando a somatória e extraindo a nota média de cada poesia. Sendo classificadas em 1°, 2° e 3° lugares, a sequência das 03 melhores notas médias; e da 4° a 13° notas médias (categoria INFANTOJUVENIL), e da 4ª a 14ª notas médias (categoria ADULTO), terão as menções honrosas.
Os referidos critérios foram os adotados para as escolhas nas respectivas categorias. Para tanto, atendendo aos mencionados critérios, na categoria INFANTOJUVENIL, o resultado final ficou definido da seguinte forma:
CLASSIFICADOS:
1º Lugar: Figura de Linguagem - Ludmila Lima Alves de Sousa (Oeiras/PI) 9,06;
O eufemismo da vida é a poesia
Que busca a beleza da dor
O poeta é maresia
Em busca de amor
A beleza é um vento
Efêmera tal qual uma flor
A morte é um lamento
Sina de todo pecador
O silêncio é o livro
Dos que guardam o saber
Mas também o castigo
De quem busca entender
Mágoa é um veneno
Que o próprio corpo se dá
Ainda que em um copo pequeno
Pode matar
O amor é um paradoxo
Que perturba o ser
Que quanto mais sente-se
Menos consegue entender
O poeta é um menino
Que aprende a ler
Com um olho divino
Escreve o que vê
Mas traduzir o que um coração sente
É caminhar no escuro
Quem escreve é como quem mente
Para sentir-se seguro
2º Lugar: Saci Pererê – Maria Eduarda de Sousa Martins (Fronteiras/PI) 8,63;
No sertão ou na floresta,
O povo logo comenta,
Sobre um negrinho ligeiro
Que na noite se apresenta.
Tem uma perna somente,
Mas ninguém pode pegar
Usando gorro vermelho,
Corre sem nunca cansar
É travesso e brincalhão,
Gosta mesmo é de zoar,
Esconde coisa da casa
Pra depois não entregar
No tereiro ele assobia
Deixando o gado agitado
Vai embalando o assombro
Com seu riso exagerado
Fuma sempre no cachimbo,
Que nunca se apaga não,
Sai nas veredas da mata
Espalhando a confusão
Quem vai viajar à noite,
Precisa muito rezar
Pois o saci gosta mesmo
De transeunte assustar
Se ver um redemoinho
E sinal dele a passar
Basta jogar a peneira
Para o danado laçar
Se alguém rouba seu gorro,
Ele logo vai ceder,
Pois fica preso e sem força,
Sem ter como se esconder.
Mas o saci não é mau,
É malícia e diversão
Muita gente até afirma
Que traz até proteção
Da cultura brasileira
É figura sem igual
Nas narrativas de infância
Um símbolo nacional
Monteiro Lobato um dia
Lhe deu vida no papel
Logo soa se espalhar
Como estrelas lá no céu
Lenda viva do Brasil
Que jamais vai se perder
Moleque arteiro e astuto
Nosso Saci Pererê
3º Lugar: Uma Parte de Mim – Tháilla Vitória de Sousa Monte (Santa Cruz do Piauí/PI) 8,56
Há memórias afetivas
Transbordando dentro de mim
Aquelas de muito tempo
Que têm o calor de um aconchego sem fim
A nostalgia que me envolve
O sentimento de saudade que me percorre
Momentos de felicidades ou tristezas
Mas me fizeram evoluir
E quando lembro, me fazem sorrir.
As manhãs de sábado
Com sanduíches, achocolatados
E desenhos animados
E, as brincadeiras?
Correr, pular amarelinhas e brincar de casinhas
São os momentos da infância
Que têm a verdadeira magia,
Encantos e fantasia.
Sonho com o passado
Voltar para o meu “eu” criança
Pois é nele que estar
A essência de quem sou.
MENÇÕES HONROSAS:
Poesia: Lobisomem – Mateus Messias de Sousa (Fronteiras/PI) 8,4;
Poesia: A Vitória Régia – Ayla Kelly Sousa Bezerra (Fronteiras/PI) 8,33,
Poesia: Tempo Covarde… - Evelly Gabrielly de Lima Sousa (Picos/PI) 8,16;
Poesia: Eterno Instante – Anne Maria Damazo de Melo (Fronteiras/PI) 8,13;
Poesia: O Gambito da Timidez – Diogo Ryan Veloso da Luz (Picos/PI) 7,83;
Poesia: A Lenda da Iara – Nívia Maria de Oliveira Maia (Fronteiras/PI) 7,83;
Poesia: A Voz de Quem Não Tem Voz – Letícia de Carvalho Rêgo (Picos/PI) 7,73;
Poesia: O Boto Cor- de - Rosa – Luiza Clarice da Conceição (Fronteiras/PI) 7,6;
Poesia: Eu Nasci na Maresia e Nela Eu Me Criei – Laerth Gonçalves de Carvalho (Santa Cruz do Piauí/PI) 7,5;
Poesia: Não Tenho Tempo Para Saudades – Maria Gleycimara Valério da Silva (Picos/PI) 7,4;
Poesia: Elegia da Terra Queimante – Matheus Martins Santos (Picos/PI) 7,33;
Poesia: A Promessa Que Nos Afasta – Ana Júlia de Moura Barros (Picos/PI) 7,33;
Poesia: Meu Passado Presente – Sara Ângela de Sousa (Alagoinha do Piauí/PI) 7,33.
E, na categoria ADULTO, o resultado final ficou definido da seguinte forma:
CLASSIFICADOS:
1º Lugar: Capítulos Finais – Mauro André Oliveira (São Paulo/SP) 9,33;
O sol há muito tempo já nasceu.
A noite logo cai. Seja bem-vinda!
Enquanto o tempo faz-se estrada infinda,
desfaz-se numa curva um sonho meu.
E a vida que a manhã me prometeu
(qual lua cheia: clara, intensa e linda),
nas páginas do acaso segue ainda
traçando minha história envolta em breu.
Mas neste livro que o destino escreve,
eu vivo cada linha. E por ser breve
a trama, e seus parágrafos pequenos,
bem sei que nos capítulos finais
a cada dia a vida vale mais,
porque a cada dia resta menos.
2º Lugar: Para o Futuro – Sérgio Bernardo (Nova Friburgo/RJ) 9,26;
Não quero um céu de estrelas apagadas,
nem ver o verde se tornar cinzento.
Não quero as aves mudas nas ramadas.
Não quero gás letal no puro vento.
Não quero as bruxas em lugar das fadas
tecendo contos de teor violento.
Não quero as águas sendo envenenadas,
nem ver faltar às bocas o alimento.
Quero um céu enfeitado com estrelas,
matas de pé e mãos a defendê-las.
Quero a canção de pássaros em bando.
Eu quero a brisa fresca em seus deslizes,
contos de fadas com finais felizes,
fontes limpas e bocas mastigando.
3º Lugar: Tratado – Viviane Ferreira Santiago (Ferraz de Vasconcelos/SP) 9,13;
A primeira vez que eu vi Deus
ele usava saias e sentia minha febre com a palma das mãos
jogou-me nas costas e correu para o hospital
salvar sua menina de pernas finas
enquanto deixava o arroz queimando no fogão.
— Tenha misericórdia da menina, DEUS
Teve,
deixou-me sarar e viver mais tantos anos
que cabem na mesma face da minha mãe
tão bonita de se olhar
com suas rugas de histórias pra eu dormir na sua rede
de mentiras para o mundo ser melhor.
— Deixa a menina viver mais, SANTA MARIA
Deixou.
O segundo sonho que tive em vida
era azul clarinho:
— Parabéns! É um menino.
feito nuvem, que tem o céu como cenário;
mas não quis viver para ser neto da avó
que salvava filhas em dias de pneumonia aguda
Perdeu. Perdeu ele. Perdeu eu.
— Deixa a menina chorar pelo filho ANJO
Agora,
sigo tramando teias
em que escrevo um tratado
para aquietar o coração de meninas tristes.
Que veem DEUS de costas na pia cheia de louça sujas,
enquanto choram e fazem poesia.
MENÇÕES HONROSAS:
Poesia: Murmúrios de Um Cadáver – Ellen Gabriela Correia Pires (Avelinópolis/GO) 9,0;
Poesia: Respeitar a Natureza – Antônio Regenildo Almeida Paiva (São Gonçalo do Amarante/CE) 8,83;
Poesia: Manicômio Social – Aureliano Francisco de Carvalho Gomes (Simões/PI) 8,66;
Poesia: Floresta – João Victor do Nascimento (Teresina/PI) 8,63;
Poesia: O Vaqueiro Chorou Amargamente – Daniel da Rocha Silva (São Julião/PI) 8,6;
Poesia: Sobre Barulhos & Silêncios – Marcos Nunes Loiola (Botuporã/BA) 8,6;
Poesia: Fendas – Maria Fidélia da Rocha Brito (Alagoinha do Piauí/PI) 8,6;
Poesia: Quando Deus Criou a Música – Irene Amélia da Silva (Crato/CE) 8,6;
Poesia: Se Não Fosse Guidon – Antônia Vilma de Araújo Oliveira (Teresina/PI) 8,5;
Poesia: Fogo Facto – João Wilker da Fonseca Marques (Timon/MA) 8,5;
Poesia: No Escuro dos Becos – Ronaldo Dória dos Santos Júnior (Rio de Janeiro/PI) 8,33;
Poesia: Crepúsculo e Aurora – Firmina Maria de Jesus Arrais (Alagoinha do Piauí) 8,33;
Poesia: Diário de Um Psicótico – Lucas de Sousa Leal (São Julião/PI) 8,26;
Poesia: Tarde Branda – Lindomar Edson dos Santos Costa (Sento Sé/BA) 8,23.
Eis portanto, o resultado final do Concurso de Poesias da ALERP/2025 e o parecer conclusivo elaborado e apresentado pela Comissão Julgadora, encaminhando-o à Academia de Letras da Região de Picos – ALERP, para as providências necessárias, o qual vai devidamente assinado pelos seus membros.
Picos-PI, 15 de outubro de 2025.
FRANCISCO VALENTIM NETO
- Presidente da Comissão -
LUIZ EGITO DE SOUZA BARROS
- Membro da Comissão -
ANA KARINA BARBOSA SAMPAIO
- Membro da Comissão -
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